- What? Perguntei.
- Dead city!!! Repetiu o taxista.
Ah... Cidade dos mortos e vivos! – pensava enquanto o carro parava no acostamento e o taxista, virando pra mim, disse num ingles arrastado:
- You...want...now?
- Yes, Yes.
- My grandmother lives here. Sorry, that’s very danger. But with me, it’s ok.
- Ok, ok. Go, go!
A história conta que, por volta do fim do século 14, o Cairo era o maior centro urbano do mundo com mais de 500 mil habitantes. Os terrenos ficaram caríssimos, e os sultões mamelucos procuraram áreas fora dos muros da cidade e ali foram ficando entre tumbas e mausoléus de cemitérios, até os dias de hoje.
Em algum momento eu já tinha ouvido falar desse surpreendente deslocamento humano, onde vivos e mortos coexistem. Para conhecer o cemitério sul tivemos de bolar uma estratégia para chegar meio que camuflado e não chamar a atenção dos drogados e ladrões que circulam em algumas ruas do cemitério. Uma hora foi o tempo necessário e sensato para registrar o local.
Mesquitas, escolas, vendedores ambulantes, polícia, água e eletricidade fazem dessa cecrópole um bairro vivo do Cairo.
O cemitério contém uma mistura de túmulos e casas, e túmulos que são casas, habitadas pelos os mais pobres dos pobres do Cairo.
Essa cidade abriga, além das sepulturas, cerca de um milhão de pessoas sem moradia.
A tradição do narguile e do chá. Os Árabes já dissem: Tomar chá com alguém, é uma experiência à três.
Moradores prosam na calçada de um túmulo-moradia.
Desabrigado querendo propina pelo uso de imagem. Saiu feliz com dez dolares no bolso.
A morte sempre fez parte do universo das crianças que habitam nos cemitérios.
Vendedor ambulante expõe seus produtos ao lado de um mausoléu.
2 comentários:
Seu blog é show de bola, acho que vc mexeu na configuração da fonte e ficou menor, meu amigo me adciona no Facebook English tips é meu perfil que lá eu divulgo seu blog. Forte abraço
Viagem belissima pelas suas fotos, meu caro Hugo!
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