CAIRO Arquitetura Islâmica

ఆర్కుఇతెతుర
A expressão arquitetura Islâmica não se refere apenas a mesquitas mas a uma ampla gama de edificações de interesse universal. Os estilos foram criados principalmente nas primeiras dinastias islâmicas e atingiram o auge da criativadade na era dos mamelucos, povo de muitas habilidades e que dominou o egito no século 13.  
Mesquita al-Ashraf Barsbey e Monumento Madrassa de Barquq Sultan, formam um mosaico de belos entalhes e marchetaria de marfim.

Mulçumanas caminham em frente a porta do museu e Nahhasin School.

O desenho de concha entalhado na mesquita Al Aqmar do século 12 é um dos primeiros exemplos de decoração em pedra na fachada de mesquitas.

Monumento no Mausoléu do sultão Qalawun, que constitui a aspiração da arquitetura mameluca.

A cúpula da mesquita Qaitbey combina padrões geométricos e florais na decoração.

As torres elegantes, anexas as mesquitas, encaixa na categoria arquitetônica como sendo minaretes que lembram lapis, dos turcos otomanos.

Porta que dá acesso a mesquita de Al-Aqmar.
Detalhes do palácio Qasr Berhtak do século 14 e as torres do Mausoléu do Sultão an-Nasr Mohammed.

CAIRO Khan al-Khalili e Seus Arredores

A VIDA É UM BAZAR                             எ வித உம பசர்   

Para conhecer o Cairo islâmico é necessário que se conheça primeiro o bazar medieval Khan al-Khalili. "KHAN"quer dizer "lugar" e "EL KHALILI" é o nome de quem dava repouso às caravanas de comércio que ali chegavam, os famosos caravanserai.

O mercado esgoelou para fora e agora está espalhado pelos arredores, onde se vendem de souvenires a especiarias. No coração do Cairo, ele fervilha de gente até horas. Os Egípcios são exímios vendedores e se mostram pessoas muito alegres e divertidas, sempre soltando uma piadinha - quantos camelos vale essa menina? Veja o registro, de duas tardes, desse sedutor entreposto da humanidade.
    
Al-Khalili e os seus arredores são as áreas de compras mais importantes da cidade. É mais que isso, representa a tradição que converteu a Cairo em um centro importante de comercio.

Sem dúvida, um lugar dos mais exóticos e que caracteriza de forma completa o Egito de ontem e de hoje.

Construído em 1382, hoje continua sendo agual aos bazares das lendas, onde objetos de ouro, prata, latão e cobre cintilam sedutoramente como se estivesse numa caverna.

O comércio está por toda parte nas ruas que levam às portas da velha cidade.

O bom é ficar perdido entre as centenas de lojas, cada uma com sua especialidade.

Entregador passa na Al-Muizz li-Din Allahdo.

Este mercado tradicional remete a uma atmosfera medieval devido a disposição do labirinto de suas ruas.

Pães frescos oferecidos nas ruas por ambulantes.

Entregador passa ao lado da mesquita de al-Ashraf Barsbey.

Na rua movimentada Sharia Muski os cairotas vendem comidas exóticas, como o Koshary.

Salim Sayyid, dono de um bazar localizado próximo a um dos dois portões medieval do mercado.

Um bom chá estará sempre esperando por você nas ruas ou cafés.

Trabalhador do cobre na porta do velho mercado.

Cena na Sharia Al-Muski, uma das vias que corta a grande bazar.

Instrumentos musicais, máquinas de costura, gatos, cadeiras. Tudo exposto nas vias do antigo caravanserai.
  
Nadhir, vendedor de jornais no mercado, há mais de cinquenta anos.

Artesão preparando os produtos de venda, nos fundos de uma loja.

Daria pra encontrar o lugar só pelo cheiro das especiarias, essências e comidas.

Geralmente os artesões fazem os seus produtos nos fundos das lojas do mercado.

Flagra de um apressado entregador na Al-Muizz li-Din Allah.

Al-Muizz li-Din Allah, durante séculos esta via foi a principal artéria da cidade do Cairo.

Sapateiro mirim que circula as ruelas do mercado, implorando obstinamente por um bom engraxate. Acabei seduzido por Abdul-Hakim, uma figura conhecida e querida dos mercadores do bazar Khan al-Khalili.

A miséria está estampada pelas ruas do Cairo e do mercado. Como entender um país de uma cultura milenar com a metade de sua população na linha de pobreza?

CAIRO Religião e as Mesquitas

مسجد
A antiga crença dos egípcios pelo aninismo e posteriormente pelo monoteísmo perdeu-se no tempo. Hoje o Egito segue o islamismo, entretanto a contribuição legada por eles permanece. Através da sua grande preocupação com as questões espirituais e da vida além da morte deixaram muitos ensinamentos que, desenvolvidos por outras correntes religiosas, inspiram uma compreensão mais ampla da relação entre o homem e o mundo espiritual. Por onde se olha no Cairo depara-se com uma mesquita. Não é por menos, pois noventa por cento da população segue os ensinamentos islâmicos. As fotos a seguir, não mentem.

Vista da mesquita de Mohammed Ali, dentro dos muros da cidadela.

Mesquita de Sultão Hassan e ar-Rifai vistas da cidadela.

Pátio com arcada na mesquita an-Nasr Mohammed.

Mesquita de Sayyidna al-Hussein, local mais sagrado do Cairo, diz-se que essa mesquita contém a cabeça de Hussein, neto do profeta Maomé.

A silhueta oriental do Cairo é marcado pela Mesquita de Mohammed Ali. O corpo do governante encontra-se num túmulo de mármore à direita desse amplo salão de orações.

Para entrar numa mesquita, por tradição, deve-se tirar os sapatos na entrada da porta.
Entre os cinco pilares da fé islâmica está um que consiste no conjunto de preces diárias  que o fiel deve fazer cinco vezes ao dia, voltado na direção de Meca, cidade de nascimento do profeta Maomé.

Tradicionalmente, cinco vezes por dia, um muezzin faz a chamada  para as preces, usando alto-falante e enchendo as mesquitas de fiéis.

As mesquitas não são apenas locais para o culto e a oração, mas também locais onde se pode aprender sobre o islã e conviver com outros crentes.

Em muitas das mesquitas é comum ver mentigos e visitantes dormindo nos grandes corredores.

Com a ampla onda de consevadorismo dos anos 1990, as mulheres começaram a se vestir de maneira mais discreta, muitas delas voltaram a cobrir a cabeça e algumas adotaram o niqad, cobrindo o rosto inteiro.

A tentação do mundo moderno atrai os olhares de mulheres islâmicas, no grande mercado.

Não é necessário rezar nas mesquitas, mas de acordo com um hadith realizar a oração junto com outros muçulmanos é mais piedoso do que rezar sozinho.

Uma das funções mais comuns das mesquitas é abrigar instituições educativas que ensinam aspectos da religião islâmica, assim como aspectos do ensino geral.

CAIRO Cidade dos Mortos

- What? Perguntei.
- Dead city!!! Repetiu o taxista.
Ah... Cidade dos mortos e vivos! – pensava enquanto o carro parava no acostamento e o taxista, virando pra mim, disse num ingles arrastado:
- You...want...now? 
- Yes, Yes.
- My grandmother lives here. Sorry, that’s very danger. But with me, it’s ok.
- Ok, ok. Go, go!

A história conta que, por volta do fim do século 14, o Cairo era o maior centro urbano do mundo com mais de 500 mil habitantes. Os terrenos ficaram caríssimos, e os sultões mamelucos procuraram áreas fora dos muros da cidade e ali foram ficando entre tumbas e mausoléus de cemitérios, até os dias de hoje.

Em algum momento eu já tinha ouvido falar desse surpreendente deslocamento humano, onde vivos e mortos coexistem. Para conhecer o cemitério sul tivemos de bolar uma estratégia para chegar meio que camuflado e não chamar a atenção dos drogados e ladrões que circulam em algumas ruas do cemitério. Uma hora foi o tempo necessário e sensato para registrar o local.

Mesquitas, escolas, vendedores ambulantes, polícia, água e eletricidade fazem dessa cecrópole um bairro vivo do Cairo.  


O cemitério contém uma mistura de túmulos e casas, e túmulos que são casas, habitadas pelos os mais pobres dos pobres do Cairo.

Essa cidade abriga, além das sepulturas, cerca de um milhão de pessoas sem moradia.

A tradição do narguile e do chá. Os Árabes já dissem: Tomar chá com alguém, é uma experiência à três.

Moradores prosam na calçada de um túmulo-moradia.

Desabrigado querendo propina pelo uso de imagem. Saiu feliz com dez dolares no bolso.   
A morte sempre fez parte do universo das crianças que habitam nos cemitérios.

Vendedor ambulante expõe seus produtos ao lado de um mausoléu.

Flor da Tarde

 
Precisou de uma manhã inteira
De sol para se abrir ao dia

Aos insetos e às outras flores
singela timidez inexplicável
Recompensou a expectativa da espera
No sublime regozijo dos sentidos
Que sofremos ansiosamente
Ao ver despertá-la


Fernando Hardman