Viagem Insólita

Conhecer o Egito era um sonho de criança. Absorvido pelas aulas de história de dona Pinininha, fiz delas um filme na minha cabeça. Uma grande viagem imaginária! Então, teria de conhecer um dia o grande país. 

Tive a oportunidade de fotografar o Cairo, exatamente dez dias depois de deflagrado os protestos por mudanças na política do Egito. Um país milenar e muito importante para a humanidade, mas atolado em miséria e descontrole social. O que percebe-se é uma desordem geral, vício dos trinta anos de governo de um ditador.

Saí do país com a sensação e o sentimento de que aquela situação social haveria de mudar.

Fotografei cinco dias a cidade do Cairo. O que eu tinha planejado e as surpresas que apareciam, como por exemplo, a impactante cidade dos mortos, onde vivos e mortos convivem dentro de cemitérios. 

Espero que gostem dos pedaços desse filme antigo.

Próxima Semana      ISTAMBUL


CAIRO Luzes de Gizé

مصرى

Durante o império antigo (2686-2181 a.C.) três gerações sucessivas ergueram estas construções fantásticas. As pirâmides de Gizé serviam como estruturas monumentais para servir de túmulo aos Reis mortos.
É quase impossível fotografar as pirâmides sem que não haja uma intervenção humana na paisagem, devido a grande quantidade de turistas que visitam a única que restou das sete maravilhas do mundo antigo.






CAIRO Cidade

A Capital do mundo Árabe - అ కాపిటల్ డో ముందో áరాబె
    Uma metrópole caótica, contraditória e de um fascínio extraordinário. São 13 milhões de habitantes de uma cidade-vertigem que abriga muitos anos a cultura árabe. Cairo é hoje uma cidade moderna, cheia de arranha-céus de última geração, com avenidas e elevados amplos de concreto, repletos de um trânsito caótico, barulhento, poluidor como qualquer metrópole.

Entre as margens do famoso rio Nilo encontram-se os grandes edifícios da cidade moderna.
Ás cores do final das tardes no Cairo são repletas de simbolismo...
...Espalham-se e ganham a cidade e o rio Nilo.
El-Tahrir Bridge, e ao fundo, a torre do Cairo.
O famoso hotel Hilton e o caótico trânsito da cidade.
As fabulosas feluccas deslizam sobre as águas do rio Nilo.
Policial "patrulha" os arredores do Cairo, no início do Deserto Road.
Comerciantes praticam futebol em uma rua do El Darb El Ahmar.
Cairotas conversam e fumam com narguilé, na calçada de um café próximo a cidade dos mortos.
Os homens, do mundo de lá, costumam andar nas ruas de braços dados.
Chamado de sabil-Kuttabs, os chafarizes estão espalhados pela cidade, como o antigo do al-Khalili.
O Cairo é assim: a cada porta, um mistério.
Apresentação espetacular dos dervixes que rodopiam no Cairo.

CAIRO Arquitetura Islâmica

ఆర్కుఇతెతుర
A expressão arquitetura Islâmica não se refere apenas a mesquitas mas a uma ampla gama de edificações de interesse universal. Os estilos foram criados principalmente nas primeiras dinastias islâmicas e atingiram o auge da criativadade na era dos mamelucos, povo de muitas habilidades e que dominou o egito no século 13.  
Mesquita al-Ashraf Barsbey e Monumento Madrassa de Barquq Sultan, formam um mosaico de belos entalhes e marchetaria de marfim.

Mulçumanas caminham em frente a porta do museu e Nahhasin School.

O desenho de concha entalhado na mesquita Al Aqmar do século 12 é um dos primeiros exemplos de decoração em pedra na fachada de mesquitas.

Monumento no Mausoléu do sultão Qalawun, que constitui a aspiração da arquitetura mameluca.

A cúpula da mesquita Qaitbey combina padrões geométricos e florais na decoração.

As torres elegantes, anexas as mesquitas, encaixa na categoria arquitetônica como sendo minaretes que lembram lapis, dos turcos otomanos.

Porta que dá acesso a mesquita de Al-Aqmar.
Detalhes do palácio Qasr Berhtak do século 14 e as torres do Mausoléu do Sultão an-Nasr Mohammed.

CAIRO Khan al-Khalili e Seus Arredores

A VIDA É UM BAZAR                             எ வித உம பசர்   

Para conhecer o Cairo islâmico é necessário que se conheça primeiro o bazar medieval Khan al-Khalili. "KHAN"quer dizer "lugar" e "EL KHALILI" é o nome de quem dava repouso às caravanas de comércio que ali chegavam, os famosos caravanserai.

O mercado esgoelou para fora e agora está espalhado pelos arredores, onde se vendem de souvenires a especiarias. No coração do Cairo, ele fervilha de gente até horas. Os Egípcios são exímios vendedores e se mostram pessoas muito alegres e divertidas, sempre soltando uma piadinha - quantos camelos vale essa menina? Veja o registro, de duas tardes, desse sedutor entreposto da humanidade.
    
Al-Khalili e os seus arredores são as áreas de compras mais importantes da cidade. É mais que isso, representa a tradição que converteu a Cairo em um centro importante de comercio.

Sem dúvida, um lugar dos mais exóticos e que caracteriza de forma completa o Egito de ontem e de hoje.

Construído em 1382, hoje continua sendo agual aos bazares das lendas, onde objetos de ouro, prata, latão e cobre cintilam sedutoramente como se estivesse numa caverna.

O comércio está por toda parte nas ruas que levam às portas da velha cidade.

O bom é ficar perdido entre as centenas de lojas, cada uma com sua especialidade.

Entregador passa na Al-Muizz li-Din Allahdo.

Este mercado tradicional remete a uma atmosfera medieval devido a disposição do labirinto de suas ruas.

Pães frescos oferecidos nas ruas por ambulantes.

Entregador passa ao lado da mesquita de al-Ashraf Barsbey.

Na rua movimentada Sharia Muski os cairotas vendem comidas exóticas, como o Koshary.

Salim Sayyid, dono de um bazar localizado próximo a um dos dois portões medieval do mercado.

Um bom chá estará sempre esperando por você nas ruas ou cafés.

Trabalhador do cobre na porta do velho mercado.

Cena na Sharia Al-Muski, uma das vias que corta a grande bazar.

Instrumentos musicais, máquinas de costura, gatos, cadeiras. Tudo exposto nas vias do antigo caravanserai.
  
Nadhir, vendedor de jornais no mercado, há mais de cinquenta anos.

Artesão preparando os produtos de venda, nos fundos de uma loja.

Daria pra encontrar o lugar só pelo cheiro das especiarias, essências e comidas.

Geralmente os artesões fazem os seus produtos nos fundos das lojas do mercado.

Flagra de um apressado entregador na Al-Muizz li-Din Allah.

Al-Muizz li-Din Allah, durante séculos esta via foi a principal artéria da cidade do Cairo.

Sapateiro mirim que circula as ruelas do mercado, implorando obstinamente por um bom engraxate. Acabei seduzido por Abdul-Hakim, uma figura conhecida e querida dos mercadores do bazar Khan al-Khalili.

A miséria está estampada pelas ruas do Cairo e do mercado. Como entender um país de uma cultura milenar com a metade de sua população na linha de pobreza?